Saxenda e Ozempic: por que não estou perdendo peso com esses medicamentos injetáveis?

Mesmo tomando Saxenda ou Ozempic, você continua sem perder peso? Leia este artigo para descobrir os possíveis motivos.

O Saxenda e o Ozempic fazem parte dos principais medicamentos injetáveis usados para o controle de peso disponíveis no mercado.

O uso de medicamentos para obesidade e sobrepeso está indicado quando houve falha no tratamento não farmacológico em pacientes com IMC igual ou superior a 30kg/m2 ou com IMC igual ou superior a 25kg/m2 associado a outros fatores de risco como diabetes do tipo 2, hipertensão, gota, osteoartrose ,hiperlipidemia, apneia do sono, entre outras. Ou em pacientes com circunferência abdominal maior ou igual 102 cm em homens e maior ou igual a 88cm em mulheres.

No entanto, não é incomum escutar queixas de que os medicamentos não estão funcionando como o prometido.
Escrevi este blog para explicar sobre os medicamentos e sobre os possíveis motivos para o seu mau funcionamento.
Continue lendo e saiba mais.

 

Como funciona o Saxenda?

O Saxenda, ou liraglutida, é um medicamento injetável indicado para o tratamento de obesidade, controle de peso e diabetes do tipo 2.

O mecanismo de ação do Saxenda se dá da seguinte forma: por ser um análogo de longa ação do peptídeo-1 semelhante ao glucagon humano (GLP-1), ele irá aumentar a secreção de insulina dependente de glicose, diminuir a secreção inadequada de glucagon, aumentar o crescimento / replicação de células B, retardar o esvaziamento gástrico e diminuir a ingestão de alimentos.
Esse efeito permite que o paciente coma menos durante o dia, contribuindo para o seu emagrecimento.

 

Como funciona o Ozempic?

Já o Ozempic trabalha sob o princípio ativo da semaglutida. Originalmente, o remédio serve para o tratamento de diabetes tipo 2. No entanto, devido ao seu efeito importante no emagrecimento, ele começou a ser usado para o controle de peso.
A semaglutida trabalha de forma semelhante a liraglutida: controlando o apetite do paciente por ser também um análogo de GLP-1. Portanto, o ozempic/ semaglutida atua no mesmo receptor do hormônio endógeno incretina aumentando a secreção de insulina dependente de glicose, diminuindo a secreção inadequada de glucagon e retardando o esvaziamento gástrico. Aumenta também a secreção de insulina de primeira e segunda fases. Sendo assim, o medicamento regula a glicemia do sangue e causa a sensação de saciedade.

Assim, o indivíduo sente menos fome que o habitual e acaba perdendo peso pelo déficit calórico.

 

Por que não estou perdendo peso?

Mesmo com a utilização dos injetáveis citados acima, é possível que algumas pessoas não percebam o emagrecimento.
Vale ressaltar que os medicamentos não podem trabalhar sozinhos. Por isso, há diversos fatores que podem intervir no resultado final. Abaixo, listo alguns:

 

Uso fora da validade

Qualquer medicamento perde o efeito quando tomado fora da validade. Por isso, é importante estar atento e se planejar quanto à compra e utilização.

O Saxenda dura até quatro semanas quando conservado na geladeira. O Ozempic, por sua vez, tem validade de até seis semanas quando, também, em geladeira.

 

Uso da dose incorreta

Muitas vezes, a dose inicial receitada pelo seu médico pode fazer efeito por algumas semanas, até que precise ser alterada.
Com o decorrer do tempo, é comum a evolução da dose para o alcance de melhores resultados. Uma boa resposta é aquele paciente que perde em torno de 5 a 10% do peso corporal em até 12 semanas.

 

Padrão alimentar

Os remédios injetáveis Saxenda e Ozempic são ideais para aqueles cujos principais problemas são as frituras e os pratos salgados.
Se o seu padrão alimentar estiver mais para o beliscador de doces, pode ser que essas medicações não funcionem.
Nesse caso, é importante relatar os fatos ao seu médico para que ele encontre um método mais eficaz para a sua perda de peso.

 

Os listados acima são apenas algumas das possíveis razões para o mau funcionamento do Saxenda ou do Ozempic no seu corpo. Lembre-se que um bom profissional saberá orientá-lo sobre o uso dos remédios e os hábitos que melhoram os seus efeitos.

 

Agenda uma consulta com a Dra. Cristina Nogueira e comece hoje a sua jornada para o emagrecimento.

Disruptores endócrinos: o que são?

Você sabe o que são Distuptores Endócrinos e como afetam a nossa saúde e como evitá-los?

Você já ouviu falar em disruptores endócrinos? Esses agentes químicos são encontrados em diversos objetos com os quais lidamos no dia a dia e podem trazer riscos à nossa saúde e ao nosso bem-estar.

Neste artigo, vamos entender o que são esses agendes e o que, exatamente, eles fazem ao nosso organismo. Com isso, podemos descobrir maneiras de evitá-los.

Continue lendo para entender melhor sobre o assunto.

 

O que são disruptores endócrinos?

Disruptores (ou desreguladores, ou interferentes) endócrinos, em sua definição geral, são agentes e substâncias químicas que promovem alterações em nosso sistema endócrino e hormonal. Essas substâncias podem ser naturais ou artificiais, e as alterações causadas desregulam e trazem consequências ruins para o funcionamento do nosso organismo.

A nossa exposição a esses agentes é, infelizmente, muito frequente. Exemplos de disruptores (como chumbo, mercúrio e dioxina) são encontrados em produtos com os quais temos contato no dia a dia, como em tintas, pesticidas e até mesmo na água e em alguns alimentos afetados por agrotóxicos. É através desses objetos que as substâncias nocivas entram em nosso corpo, seja por contato direto com a pele, ingestão ou respiração.

 

Os efeitos no corpo humano

A alteração nos sistemas endócrino e hormonal faz com que esses agentes químicos desequilibrem todo o nosso corpo. Assim, eles podem causar problemas imediatos ou ir prejudicando o organismo aos poucos.

Esse caráter cumulativo é o grande perigo dos disruptores endócrinos. Muitas vezes, o organismo consome as substâncias ao longo de vários anos, até que as consequências passam a ser evidentes.

A seguir, confira alguns exemplos de disruptores endócrinos, onde são encontrados e as doenças que podem causar.

Foto: Freepik

 

Dioxinas

Majoritariamente encontradas em pesticidas, as dioxinas podem causar diabetes, endometriose, infertilidade, problemas no sistema imunológico e aborto.

 

Chumbo

Cigarros, tintas e água encanada podem ser veículos de transmissão do chumbo. Os problemas causados por ele incluem infertilidade e distúrbios na tireoide.

 

Bisfenol

O bisfenol (que pode causar obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares) é um exemplo de disruptor endócrino transmitido pelo contato com a pele. A substância é encontrada em alguns plásticos e revestimentos de enlatados.

 

Mercúrio

O mercúrio pode ser encontrado em peixes e outros frutos do mar. Entre as suas consequências negativas, destacam-se doenças hormonais, distúrbios no pâncreas e prejuízo cognitivo em crianças.

Éteres polibromados (PBDE)

Essas substâncias podem estar presentes em objetos como celular e televisão, assim como móveis e carpetes. Os seus efeitos no organismo incluem distúrbios na tireoide, infertilidade e problemas neurológicos.

 

Como os disruptores endócrinos contribuem para a obesidade?

Quando olhamos para a lista de efeitos causadas pelos disruptores endócrinos, é fácil associarmos essas substâncias a obesidade. Além de agentes que causam, diretamente, a condição, doenças como diabetes, doenças cardiovasculares e problemas na tireoide podem ser causadores de ganho de peso.

Esses obesogênicos (agentes que promovem a obesidade) também atuam no aumento de células adiposas. Isso interfere nos mecanismos que regulam o nosso apetite e a nossa saciedade. Os agentes se tornam ainda mais potentes quando há exposição durante a gravidez.

 

Como evitar os disruptores endócrinos?

Apesar da proteção total contra os disruptores endócrinos ser algo difícil de se alcançar, há medidas que nos ajudam a afastá-los.

Evitar alimentos industrializados e embalados, por exemplo, é uma boa forma de se manter distante desses agentes. Dar preferência a comidas naturais é algo que beneficia todas as áreas da nossa vida, além de nos preservar desses riscos.

É importante, também, ter atenção à procedência e fabricação de todos os produtos que compramos. Sempre ler a embalagem e, caso sejam encontrados exemplos de disruptivos, buscar alternativas saudáveis ao produto.

 

Agora que você já conhece mais sobre os disruptores endócrinos e os seus malefícios à saúde, chegou a hora de agir para combatê-los. Você pode contar com a minha ajuda nessa jornada! Marque a sua consulta e conheça o meu trabalho com gastroenterologia e emagrecimento, através da Medicina Integrativa.